domingo, 26 de outubro de 2008

Por vezes, tantas vezes...





Quando faço exame de consciência, lembro-me de vários “agoras” que foram perdidos e que não voltam mais. Na realidade, o que nos impede, na maioria das vezes, de ter o que queremos, ser o que sonhamos, fazer o que pensamos e aceitar com o coração é a ousadia que não cultivamos. A ousadia é, geralmente, escrava do medo... Quantas vezes perdemos a oportunidade de sermos felizes, pelo medo de ter ousadia de amar. Medo de ousar porque o objecto do amor era mais bonito, mais alto, mais rico, mais jovem, mais culto... e aí... o tempo passou e o agora também... Quantas vezes reaprendemos a sonhar e voltamos a perder a oportunidade de realizar um grande sonho, por não termos coragem de ousar, de arriscar deixando para depois ou para mais tarde o que deveria ser naquele agora... Quantas vezes não pronunciamos, no momento oportuno, as palavras que gostaríamos de dizer, pelo medo de parecermos ridículos e imaturos... Quantas vezes ficamos por medo de partir. Quantas vezes partimos por medo de ficar. Quantas vezes dizemos baixinho o que na verdade gostaríamos de gritar. Quantas vezes...
Rui Baião.

1 comentário:

Anónimo disse...

Olá Rui,

É curioso...
quando temos a coragem de expor os nossos sentimentos mais profundos apercebemo-nos que vivemos todos os mesmos anseios e receios...

Já não passava aqui há algum tempo. Gostei. Continua a boa selecção de imagens.

S.