quarta-feira, 25 de junho de 2008

Miau!


Além de lutar por um Mundo melhor, Winehouse lutou, e muito, para se manter de pé. São dois combates em vez de pé
Começou, na passada sexta-feira, o Rock in Rio, o popular festival de música que se caracteriza por não ser de rock nem decorrer no Rio. Sob o lema Por um Mundo Melhor, dezenas de artistas lutam, ao longo de dois fins-de-semana, para proporcionar um Mundo realmente melhor a todos os habitantes do resto do Planeta e meia dúzia de dias infernais a quem reside em Chelas. Uma coisa são tiroteios entre os vizinhos e a polícia, violência entre gangs na rua e tráfico de droga à descarada. Mas, porém, ao virar da esquina, o Rod Stewart a uivar à uma da manhã é um castigo que aquela gente não merece.
Nesta edição do festival, acompanhei, com especial interesse, o concerto de Amy Winehouse. Devo dizer que qualquer expectativa que eu pudesse ter foi superada. Além de lutar por um Mundo melhor, Winehouse lutou, e muito, para se manter de pé. São dois combates em vez de um. Nem sempre conseguiu, é certo, mas fez um esforço heróico. À primeira vista, dir-se-
-ia que Amy Winehouse entrou em palco sob a influência de mais que uma substância, sendo que o álcool talvez tomasse a dianteira. Tratando-se de um festival familiar, a actuação de Amy proporcionou divertimento para toda a família. «Eu acho que ela está bêbada. E tu, papá?» «Creio que não, filho. Repara como ela cambaleia. Isto é chinesa, e da boa.»
Acima de tudo, foi um concerto que sublinhou, uma vez mais, a diferença que existe entre um bêbado deprimente e um grande artista. Ambos balbuciam coisas sem sentido e cantam, mas o que está à frente de um baterista e dois guitarristas é o grande artista.
Não quero com isto sugerir que Amy Winehouse não contribuiu para que o Mundo fosse melhor. Por um lado, toda a gente que já se entregou aos prazeres do álcool percebeu que, ao segundo ou terceiro copo, o Mundo parece, de facto, começar a melhorar. Agora imaginem quão bom é o Mundo de Amy Winehouse. É possível que a artista estivesse convencida de que se encontrava, de facto, no Rio de Janeiro.
É possível até que estivesse convencida de que aquilo que estava a fazer era cantar. Por outro lado, deve destacar-
-se a mensagem que Amy passou aos jovens. Os jovens, aparentemente, precisam muito de receber mensagens, e a generalidade das pessoas espera que sejam os cantores e as estrelas da televisão a enviá-las. Pois bem, a mensagem de Winehouse era clara e edificante: não consumam álcool nem drogas, pois receio que não sobrem para mim.
Há quem diga que estes concertos podem fazer muito para resolver a pobreza no Mundo. Mas são artistas como Amy Winehouse que vão além da caridade
e têm, de facto, uma intervenção macroeconómica séria. A economia da Colômbia, por exemplo, está toda às costas da rapariga.

RAP

terça-feira, 24 de junho de 2008

Sol ou Sal?

Quantas vezes
na procura do sol
é o sal que encontro???...

Quantas vezes
o sorriso que mostramos
são lágrimas
que escondemos???

Quantas vezes
na busca de nós
nos perdemos???

Quantas vezes
o sol é sal???
sem sabermos
porquê....

Quantas vezes!!????!!!!

Rui Baião («armado» em poeta)

Filosofia...noutra perspectiva

segunda-feira, 23 de junho de 2008

terça-feira, 17 de junho de 2008


O Insustentável Peso de Ser

Sei da dor ao caminhar
e do encontro com os espinhos;
Sei de rostos salgados
e da ausência insustentável;
Sei dos desencontros
e das inquietações;
Sei do tempo hostil
e do desespero de não saber...
Sei do insustentável peso de ser
apenas humana...
Sei de sonhos impossíveis
e da crueldade do real...
Sei das mágoas cravadas
e da pele em arrepio...
Sei dos pesadelos
e dos abismos...
Sei muito menos
ou muito mais
do que queria???
Sei apenas
que não desisto
enquanto houver amor...

Rui Baião («armado» em poeta)

sábado, 14 de junho de 2008

Inesquecível 11º CSH...

Não,
não sou intangível
sou, às vezes,
um silêncio
de brisa passageira
que fica
e não sabe
se quer voltar...

Sou um grão
de granito
sem brilho
ou uma ténue
gota de orvalho
ao amanhecer
mas dou-me
nestas palavras
como nos abraços
em entrega total
na busca de mim
e dos outros
que amo...

Estou aqui
e oiço
na tua ausência
a dor
como a alegria
de existirmos...

Sou sol e sal
luz e sombra
nas trevas da vida
e no caminho
que se vai traçando
sem conhecer o fim...

Rui Baião («Armado» em poeta)

sexta-feira, 6 de junho de 2008

A cena mais bonita...

http://www.youtube.com/watch?v=YzRx_qUWjOw

Decorrer dos dias...

http://www.youtube.com/watch?v=bnjwG23ay2s&feature=related