terça-feira, 17 de junho de 2008


O Insustentável Peso de Ser

Sei da dor ao caminhar
e do encontro com os espinhos;
Sei de rostos salgados
e da ausência insustentável;
Sei dos desencontros
e das inquietações;
Sei do tempo hostil
e do desespero de não saber...
Sei do insustentável peso de ser
apenas humana...
Sei de sonhos impossíveis
e da crueldade do real...
Sei das mágoas cravadas
e da pele em arrepio...
Sei dos pesadelos
e dos abismos...
Sei muito menos
ou muito mais
do que queria???
Sei apenas
que não desisto
enquanto houver amor...

Rui Baião («armado» em poeta)

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