quarta-feira, 30 de setembro de 2009

Naquele tempo...

NAQUELE TEMPO, QUANDO SE CRIOU O MUNDO, E PARA QUE OS HOMENS E ASMULHERES PROSPERASSEM, O CRIADOR CONCEDEU-LHES DUAS VIRTUDES:A) AOS SUíÇOS, FÊ-LOS METÓDICOS E CUMPRIDORES DA LEI;B) AOS INGLESES, PERSISTENTES E ESTUDIOSOS;C) AOS JAPONESES, TRABALHADORES E PACIENTES;D) AOS ITALIANOS, ALEGRES E ROMÂNTICOS;E) AOS FRANCESES, CULTOS E REFINADOS;F) AOS ALEMÃES, DISCIPLINADOS E BRAVOS.AO CHEGAR AOS PORTUGUESES, DEUS VOLTOU-SE PARA O ANJO, QUE TOMAVANOTAS, E DISSE: - OS PORTUGUESES VãO SER INTELIGENTES, BOAS PESSOAS EVÃO APOIAR A MINISTRA DA EDUCAÇÃO.ENTÃO O ANJO DISSE: - SENHOR, DESTE A TODOS OS POVOS APENAS DUASVIRTUDES E AOS PORTUGUESES TRÊS... ISTO FARÁ COM QUE PREVALEÇAM SOBRETODOS OS DEMAIS.ENTÃO O CRIADOR REFLECTIU E DISSE: - TENS RAZÃO... MAS VIRTUDES NÃO SEPODEM TIRAR, POR ISSO, ORDENO QUE OS PORTUGUESES PODEM TER QUALQUERDAS TRÊS, MAS QUE A MESMA PESSOA NÃO POSSA TER MAIS DO QUE DUASVIRTUDES DE CADA VEZ.ASSIM SENDO:1. PORTUGUÊS QUE APOIA A MINISTRA DA EDUCAÇÃO E SEJA BOA PESSOA NÃOPODE SER INTELIGENTE.2. PORTUGUÊS QUE SEJA INTELIGENTE E QUE APOIE A MINISTRA DA EDUCAÇÃONÃO PODE SER BOA PESSOA.3. PORTUGUÊS QUE SEJA INTELIGENTE E BOA PESSOA NÃO PODE SER DOS QUEAPOIAM A MINISTRA DA EDUCAÇÃO.

sexta-feira, 25 de setembro de 2009

Professores...SEMPRE!


Professor do ano foi aquele que, com depressão profunda, persistiu em ensinar o melhor que sabia e conseguia os seus cerca de 100 alunos. Professor do ano foi aquela que tinha cancro e deu as suas aulas até morrer. Professor do ano foi aquela que leccionou a 200 km de casa e só viu os filhos e o marido de 15 em 15 dias. Professor do ano foi aquela que abandonou o marido e foi com a menina de 3 anos para um quarto alugado. Como tinha aulas à noite, a menina esperava dormindo nos sofás da sala dos professores. Professor do ano foi aquele que comprou o material do seu bolso porque as crianças não podiam e a escola não dava.
Professor do ano foi aquele que em regime pós-laboral, saiu a correr das aulas e, sem jantar e nos seus fins de semana, foi fazer "formação", para justificar o dinheiro vindo da UE empregue para "creditar" professores, sujeitando-se a sessões de propaganda e outras tentativas de manipulação.
Professor do ano foi aquela que teve 5 e mais turmas e 3 ou mais níveis diferentes.
Professor do ano foi aquele que pagou para trabalhar só para que lhe contassem mais uns dias de serviço. Professor do ano foi aquele que fez mestrado suportando todos os custos e sacrificando todos os fins-de-semana com a família. Professor do ano foi aquele que foi agredido e voltou no dia seguinte. Professor do ano foi aquele que sacrificou os intervalos e as horas de refeição para tirar mais umas dúvidas. Professor do ano foi aquele que organizou uma visita de estudo mesmo sabendo que Jorge Pedreira considerava que ele estava a faltar. Professor do ano foi aquele que continuou a motivar os alunos depois de ser indignamente tratado pelos seus superiores do ME. Professor do ano foi aquele que se manifestou ao sábado sacrificando um direito para preservar os seus alunos. Professor do ano foi aquele presidente de executivo que viveu o ano entre o dever absurdo, a pressão e a escola a que quer bem, os colegas que estima. Professor do ano... tanto professor do ano. Professores do ano, todo o ano, fomos todos nós, professores, que o continuamos a ser mesmo após uma divisão absurda. Somos mais que professores do ano. Somos professores sempre!

quarta-feira, 29 de julho de 2009

Férias

A todos os meus amigos, colegas e alunos o desejo de umas óptimas férias!

sábado, 11 de julho de 2009

Ao Conselho Pedagógico...




Ser-se avaliado em Professor Excelente não é a mesma coisa que ser-se> um excelente professor.> E não é fácil, um professor ser avaliado em EXCELENTE!> É difícil, muito difícil mesmo e, numa escala de valores, ser> EXCELENTE é ainda mais do que ser-se MUITO BOM. Eu disse mesmo> M-U-I-T-O--B-O-M; não disse BOM.> Ser-se portanto EXCELENTE é o mesmo que ser-se perfeito, distinto,> notável, admirável, brilhante, magnífico, óptimo. São sinónimos que o> qualificam extraordinariamente, que o qualificam como O MELHOR de> entre aqueles que já são MUITO BONS.> Tal como o Ministério preconiza, os professores titulares têm> obrigação de ter as maiores responsabilidades nas escolas porque os> considera melhores que os outros; então, também deve caber aos> professores EXCELENTES serem os mais responsáveis em todo o processo> ensino/ aprendizagem e em todas as funções e tarefas do contexto> escolar.> E se um professor titular, de acordo com o ministério, já é do melhor> que existe numa escola, então, um professor Titular Excelente é muito> mais! Além de distinto, perfeito, admirável, notável, brilhante,> magnífico e óptimo, ainda tem mais um atributo: ser TITULAR. Este> título não é para muitos!> E, mesmo, ser-se apenas EXCELENTE já haverá poucos, muito poucos!> Posto isto, gostaria de propor para análise aos colegas deste Conselho> Pedagógico o seguinte: aos professores que, nesta fase, forem> avaliados em EXCELENTE, sejam eles titulares ou não, deverão, a partir> do próximo ano lectivo, leccionar as turmas mais «difíceis» da escola,> bem como direcções de turma e cursos que só eles, pelas suas> reconhecidas qualidades evidenciadas neste rigoroso processo que tem> sido a avaliação de desempenho docente, serão capazes de resolver ou> minimizar problemas da melhor forma, contribuindo, assim, para que a> escola seja também melhor. O rigor desta avaliação deu-lhes esse> direito. É por isso que vão ser beneficiados na pontuação para> concursos, no concurso para titulares, em prémios pecuniários, … É por> serem EXCELENTES, por serem os MELHORES DOS MELHORES, por serem> perfeitos, distintos, notáveis, admiráveis, brilhantes, magníficos e> óptimos que devem mostrar aos outros como se deve fazer.> Não é pois justo nem razoável que a escola deixe escapar este capital> de conhecimentos mantendo os restantes professores com turmas difíceis> e funções e tarefas complicadas, aparentemente bons professores, é> verdade, mas incapazes de evidenciar os dotes que, em rigor, os> professores EXCELENTES foram capazes de demonstrar nesta avaliação> criteriosa dirigida ao desempenho de cada docente.> Certo da melhor atenção dos colegas e consciente da importância desta> análise, solicito que, após reflexão devida, esta proposta baixe aos> Departamentos e deles seja considerado o conjunto de opiniões> formuladas.

Francisco Teixeira Homem, professor titular

terça-feira, 16 de junho de 2009

Obrigado 11º C!



Foi a despedida espontânea do 11º C! Emocionado, agradeço...

sábado, 30 de maio de 2009

sexta-feira, 29 de maio de 2009

Indisciplina...



Aumento da violência nas escolas reflecte crise de autoridade familiar

Especialistas em educação reunidos na cidade espanhola de Valência defenderam hoje que o aumento da violência escolar deve-se, em parte, a uma crise de autoridade familiar, pelo facto de os pais renunciarem a impor disciplina aos filhos, remetendo essa responsabilidade para os professores. Os participantes no encontro 'Família e Escola: um espaço de convivência', dedicado a analisar a importância da família como agente educativo, consideram que é necessário evitar que todo o peso da autoridade sobre os menores recaia nas escolas.
'As crianças não encontram em casa a figura de autoridade', que é um elemento fundamental para o seu crescimento, disse o filósofo Fernando Savater.
'As famílias não são o que eram antes e hoje o único meio com que muitas crianças contactam é a televisão, que está sempre em casa', sublinhou.
Para Savater, os pais continuam 'a não querer assumir qualquer autoridade', preferindo que o pouco tempo que passam com os filhos 'seja alegre' e sem conflitos e empurrando o papel de disciplinador quase exclusivamente para os professores.
No entanto, e quando os professores tentam exercer esse papel disciplinador, 'são os próprios pais e mães que não exerceram essa autoridade sobre os filhos que tentam exercê-la sobre os professores, confrontando-os', acusa..
'O abandono da sua responsabilidade retira aos pais a possibilidade de protestar e exigir depois. Quem não começa por tentar defender a harmonia no seu ambiente, não tem razão para depois se ir queixar', sublinha.
Há professores que são 'vítimas nas mãos dos alunos'.
Savater acusa igualmente as famílias de pensarem que 'ao pagar uma escola' deixa de ser necessário impor responsabilidade, alertando para a situação de muitos professores que estão 'psicologicamente esgotados' e que se transformam 'em autênticas vítimas nas mãos dos alunos'.
A liberdade, afirma, 'exige uma componente de disciplina' que obriga a que os docentes não estejam desamparados e sem apoio, nomeadamente das famílias e da sociedade.
'A boa educação é cara, mas a má educação é muito mais cara', afirma, recomendando aos pais que transmitam aos seus filhos a importância da escola e a importância que é receber uma educação, 'uma oportunidade e um privilégio'.
'Em algum momento das suas vidas, as crianças vão confrontar-se com a disciplina', frisa Fernando Savater.
Em conversa com jornalistas, o filósofo explicou que é essencial perceber que as crianças não são hoje mais violentas ou mais indisciplinadas do que antes; o problema é que 'têm menos respeito pela autoridade dos mais velhos'.
'Deixaram de ver os adultos como fontes de experiência e de ensinamento para os passarem a ver como uma fonte de incómodo. Isso leva-os à rebeldia', afirmou.
Daí que, mais do que reformas dos códigos legislativos ou das normas em vigor, é essencial envolver toda a sociedade, admitindo Savater que 'mais vale dar uma palmada, no momento certo' do que permitir as situações que depois se criam.
Como alternativa à palmada, o filósofo recomenda a supressão de privilégios e o alargamento dos deveres.

domingo, 17 de maio de 2009

sábado, 16 de maio de 2009

quinta-feira, 14 de maio de 2009

segunda-feira, 4 de maio de 2009

sábado, 2 de maio de 2009

Respiração escolar...



Aqueles que são invejados entristecem-se com o rancor que sentem à sua volta; se são orgulhosos, por receio de algum prejuízo; se generosos, por compaixão dos que invejam. Mas depressa se alegram: se me invejam, isso quer dizer que tenho um valor, dos méritos, das graças; quer dizer que sentem e reconhecem a minha grandeza, o meu triunfo. A inveja é a sombra obrigatória do génio e da glória, e os invejosos não passam, de forma odiosa, de admiradores rebeldes e testemunhas involuntárias. Não custa muito perdoar-lhes, quando existe o direito de me comprazer e desprezá-los. Posso mesmo estar-lhes, com frequência, gratos pelo facto de o veneno da inveja ser, para os indolentes, um vinho generoso que confere novo vigor para novas obras e novas conquistas. A melhor vingança contra aqueles que me pretendem rebaixar consiste em ensaiar um voo para um cume mais elevado. E talvez não subisse tanto sem o impulso de quem me queria por terra. O indivíduo verdadeiramente sagaz faz mais: serve-se da própria difamação para retocar melhor o seu retrato e suprimir as sombras que lhe afectam a luz. O invejoso torna-se, sem querer, o colaborador da sua perfeição.



Rui Baião.

segunda-feira, 13 de abril de 2009

Professores do ano!

Professor do ano foi aquele que, com depressão profunda, persistiu em ensinar o melhor que sabia e conseguia os seus 80 alunos.professor do ano foi aquela que tinha cancro e deu as suas aulas até morrer.professor do ano foi aquela que leccionou a 600 km de casa e só viu os filhos e o marido de 15 em 15 dias.professor do ano foi aquela que abandonou o marido e foi com a menina de 3 anos para um quarto alugado. como tinha aulas à noite, a menina esperava dormindo nos sofás da sala dos professores.professor do ano foi aquele que comprou o material do seu bolso porque as crianças não podiam e a escola não dava.professor do ano foi aquele que, em cima de todo o seu trabalho, preparou acções de formação e se expôs partilhando o seu saber e os seus materiais.professor do ano foi aquela que teve 5 turmas e 3 níveis diferentes.professor do ano foi aquele que pagou para trabalhar só para que lhe contassem mais uns dias de serviço.professor do ano foi aquele que fez mestrado suportando todos os custos e sacrificando todos os fins-de-semana com a família.professor do ano foi aquele que foi agredido e voltou no dia seguinte com a mesma esperança.professor do ano foi aquele que sacrificou os intervalos e as horas de refeição para tirar mais umas dúvidas.professor do ano foi aquele que organizou uma visita de estudo mesmo sabendo que jorge pedreira considerava que ele estava a faltar.professor do ano foi aquele que encontrou forças para motivar os alunos depois de ser insultado e indignamente tratado pelos seus superiores do ME.professor do ano foi aquela que se manifestou ao sábado sacrificando um direito para preservar os seus alunos.professor do ano foi aquele presidente de executivo que viveu o ano entre o dever absurdo, a pressão e a escola a que quer bem, os colegas que estima.professores do ano, todo o ano, fomos todos nós, professores, que o continuamos a ser mesmo após uma divisão absurda.professor do ano... tanto professor do ano em cada escola, tanto milagre em cada aluno.

Somos mais que professores do ano. Somos professores sempre!

quarta-feira, 25 de março de 2009

sábado, 21 de março de 2009

Recordo-lhe...


13-Mar-2009

Nos aniversários dão-se parabéns e prendas. O sujeito fez anos. Anos à frente de um governo que se tem encarniçado a destruir a Escola Pública. Talvez preferisse um fatito Hugo Boss, mas dou-lhe tão-só uma caixinha de recordações, embrulhada em papel negro de desdita.
Recordo-lhe que em 4 anos de actividade produziu diplomas que envergonham aquisições mínimas do nosso sistema de ensino. O estatuto da carreira docente, a avaliação do desempenho dos professores, a gestão das escolas e o estatuto do aluno são apenas as pérolas. Mas a lista é longa.
Recordo-lhe que a coberto de uma rede propagandística que tornaria Goeebels num aprendiz, cortou, vergou, denegriu e fechou como um obcecado pelo extermínio.
Recordo-lhe que desertificou meticulosamente o interior.
Recordo-lhe que congelou salários, burocratizou até ao insuportável e escravizou com trabalho inútil.
Recordo-lhe que manipulou estatísticas, mentiu e abandalhou o ensino, na ânsia de diminuir o insucesso a qualquer preço.
Recordo-lhe que chamou profissional a uma espécie de ensino cuja missão é reter na escola, de qualquer jeito, os jovens que a abandonavam precocemente.
Recordo-lhe que abandonou centenas de alunos com necessidades educativas especiais.
Recordo-lhe que contratou crianças para promover produtos inúteis e aliciou pais com a mistificação da escola atempo inteiro.
Recordo-lhe que foi desumano com professores nas vascas da morte e usou e deitou fora milhares doutros, doentes, depois de garantir que não o faria.
Recordo-lhe que, com o concurso de titulares, promoveu a maior iniquidade de que guardo memória.
Recordo-lhe que enganou miseravelmente os jovens candidatos a professores e humilhou as instituições de ensino superior com a prova de acesso à profissão.
Recordo-lhe que desrespeitou leis fundamentais do país e, com grande despudor político, passou sem mossa por sucessivas condenações em tribunais.
Recordo-lhe que desrespeitou continuadamente a negociação sindical e fez da imposição norma.
Recordo-lhe que reduziu a metade os gastos com a Educação e aumentou para o dobro a distância que nos separava da Europa.
Recordo-lhe que perseguiu, chamou a polícia e incitou e premiou a bufaria.
Recordo-lhe que os professores portugueses não vão esquecer.


Santana Castilho

sexta-feira, 20 de março de 2009

EFA´s

Reflexão EFA – Secundário

Pressupostos:
Diversidade de percursos individuais dos formandos;
Orientação do currículo por níveis de competência;
Definição de actividades de desocultação.

Desafios:
Papel orientador do formador onde é minimizada a transmissão de conhecimentos/ conteúdos específicos;
Definição de actividades adequadas às competências e aos níveis de competência;
Capacidade do formador em desocultar nos formandos conhecimentos e competências já adquiridos:
Exercício de criatividade e de adaptação na avaliação face à diversidade de trajectos, conhecimentos e competências prévias.


As aulas dos cursos EFA começam muito antes das aulas efectivamente ditas. Há um longo trabalho preparatório das aulas de acordo com os princípios orientadores dos domínios de referência (DR’ s) estabelecidos para cada Núcleo-Gerador (competências-chave). Este trabalho é realizado pelos formadores, numa dinâmica conjunta (par pedagógico), numa visão global das competências a assumir pelos formandos no decurso das actividades propostas. Estas não assumem um carácter unicamente teórico, mas um carácter essencialmente prático, onde os alunos desocultarão as competências conquistadas no seu percurso privado, profissional, institucional na mobilização dos saberes.

É neste contexto que se desenvolve a maior complexidade. A capacidade de adaptação é fundamental. O formador deverá descentralizar as aulas de si, e remeter todos os seus esforços num contacto próximo do formando e para a realização das actividades. Todo o trabalho realizado no decurso das aulas e a sua participação (assiduidade) assume a maior importância, pois é nelas que as competências requeridas se manifestam ou não.

Outro grande desafio, que advém do primeiro, prende-se com a grande diversidade de percursos (histórias de vida, profissões, faixa etária, níveis culturais, capacidades cognitivas e vivências da escola do passado). Não estamos perante uma turma “regular”, onde apesar da diversidade, existem situações comuns, como a idade média dos alunos, níveis cognitivos e motivações semelhantes.

Num curso EFA cada aluno é uma «turma», um «mundo» na profunda diferença de pessoas, de experiências de vida e profissionais que se assumem completamente distintas, e que o formador deverá tomar enquanto projecto de «viagem». Quando o formador assume em si, o grau de adaptação exigido e a diversidade humana e intelectual presentes, torna-se em paralelo um elemento fundamental neste processo, transformando as aulas em momentos de aprendizagens mútuas.

Um outro desafio prende-se com a noção de comunicação. O intercâmbio de situações de aprendizagem, obstáculos e experiências é fundamental entre formadores, no sentido dum constante aperfeiçoamento de pedagogias que se querem cada vez mais adequadas.

Assume, de igual importância, a preparação dos formandos para cada actividade proposta. A compreensão de cada actividade e o que se pretende enquanto competência a ser manifestada, coloca o formando na necessidade de corresponder, de revelar os seus conhecimentos e evidenciar competências.

Por fim, compreende-se que ser professor/formador, em diferentes contextos, resulta duma profunda necessidade, a de ensinar, esperando com isso alterar condutas e visões de vida num íntimo apelo ao crescer da humanidade, de cada um e de todos.
Rui Baião.

quarta-feira, 18 de março de 2009

Crise...


Para pensar...e muito!


Primeiro levaram os negros,
Mas não me importei com isso, Eu não era negro.
Em seguida levaram alguns operários, Mas não me importei com isso, Eu também não era operário.
Depois prenderam os miseráveis, Mas não me importei com isso, Porque eu não sou miserável.
Depois agarraram uns desempregados, Mas como tenho o meu emprego, Também não me importei.
Agora estão me levando, Mas já é tarde.
Como eu não me importei com ninguém, Ninguém se importa comigo.

Bertold Brecht (1898-1956)

sábado, 14 de março de 2009

Blasted Mechanism





Música "Start to Move" com excertos de Agostinho da Silva

quinta-feira, 12 de março de 2009

segunda-feira, 9 de março de 2009

domingo, 8 de março de 2009

«Boca do Inferno»...



«Neste momento, é óbvio para todos que a culpa do estado a que chegou o ensino é (sem querer apontar dedos) dos professores.Só pode ser deles, aliás. Os alunos estão lá a contragosto, por isso não contam. O ministério muda quase todos os anos, por isso conta ainda menos. Os únicos que se mantêm tempo suficiente no sistema são os professores. Pelo menos os que vão conseguindo escapar com vida.É evidente que a culpa é deles. E, ao contrário do que costuma acontecer nesta coluna, esta não é uma acusação gratuita. Há razões objectivas para que os culpados sejam os professores.Reparem: quando falamos de professores, estamos a falar de pessoas que escolheram uma profissão em que ganham mal, não sabem onde vão ser colocados no ano seguinte e todos os dias arriscam levar um banano de um aluno ou de qualquer um dos seus familiares.O que é que esta gente pode ensinar às nossas crianças? Se eles possuíssem algum tipo de sabedoria, tê-ia-iam usado em proveito próprio. É sensato entregar a educação dos nossos filhos a pessoas com esta capacidade de discernimento? Parece-me claro que não.A menos que não se trate de falta de juízo mas sim de amor ao sofrimento.O que não posso dizer que me deixe mais tranquilo. Esta gente opta por passar a vida a andar de terra em terra, a fazer contas ao dinheiro e a ensinar o Teorema de Pitágoras a delinquentes que lhes querem bater. Sem nenhum desprimor para com as depravações sexuais - até porque sofro de quase todas - não sei se o Ministério da Educação devia incentivar este contacto entre crianças e adultos masoquistas.Ser professor, hoje, não é uma vocação, é uma perversão.Antigamente, havia as escolas C+S; hoje,caminhamos para o modelo de escola S/M. Havia os professores sádicos, que espancavam alunos; agora há os professores masoquistas, que são espancados por eles. Tomando sempre novas qualidades, este mundo.Eu digo-vos que grupo de pessoas produzia excelentes professores: o povo cigano.Já estão habituados ao nomadismo e têm fama de se desenvencilhar bem das escaramuças. Queria ver quantos papás fanfarrões dos subúrbios iam pedir explicações a estes professores. Um cigano em cada escola, é a minha proposta.Já em relação a estes professores que têm sido agredidos, tenho menos esperança.Gente que ensina selvagens filhos de selvagens e, depois de ser agredida, não sabe guiar a polícia até à árvore em que os agressores vivem, claramente, não está preparada para o mundo.



Ricardo Araújo Pereira in Opinião, Boca do Inferno, Revista Visão.

sexta-feira, 6 de março de 2009

Quaresma...


Tal como disse Cícero:"A minha consciência tem mais peso para mim do que a opinião do mundo inteiro".



A TODOS UMA QUARESMA SENTIDA, com toda a alegria do MUNDO!!

quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009

Está bem...façamos de conta




00h30m
Façamos de conta que nada aconteceu no Freeport. Que não houve invulgaridades no processo de licenciamento e que despachos ministeriais a três dias do fim de um governo são coisa normal. Que não houve tios e primos a falar para sobrinhas e sobrinhos e a referir montantes de milhões (contos, libras, euros?). Façamos de conta que a Universidade que licenciou José Sócrates não está fechada no meio de um caso de polícia com arguidos e tudo.
Façamos de conta que José Sócrates sabe mesmo falar Inglês. Façamos de conta que é de aceitar a tese do professor Freitas do Amaral de que, pelo que sabe, no Freeport está tudo bem e é em termos quid juris irrepreensível. Façamos de conta que aceitamos o mestrado em Gestão com que na mesma entrevista Freitas do Amaral distinguiu o primeiro-ministro e façamos de conta que não é absurdo colocá-lo numa das "melhores posições no Mundo" para enfrentar a crise devido aos prodígios académicos que Freitas do Amaral lhe reconheceu. Façamos de conta que, como o afirma o professor Correia de Campos, tudo isto não passa de uma invenção dos média. Façamos de conta que o "Magalhães" é a sério e que nunca houve alunos/figurantes contratados para encenar acções de propaganda do Governo sobre a educação. Façamos de conta que a OCDE se pronunciou sobre a educação em Portugal considerando-a do melhor que há no Mundo. Façamos de conta que Jorge Coelho nunca disse que "quem se mete com o PS leva". Façamos de conta que Augusto Santos Silva nunca disse que do que gostava mesmo era de "malhar na Direita" (acho que Klaus Barbie disse o mesmo da Esquerda). Façamos de conta que o director do Sol não declarou que teve pressões e ameaças de represálias económicas se publicasse reportagens sobre o Freeport. Façamos de conta que o ministro da Presidência Pedro Silva Pereira não me telefonou a tentar saber por "onde é que eu ia começar" a entrevista que lhe fiz sobre o Freeport e não me voltou a telefonar pouco antes da entrevista a dizer que queria ser tratado por ministro e sem confianças de natureza pessoal. Façamos de conta que Edmundo Pedro não está preocupado com a "falta de liberdade". E Manuel Alegre também. Façamos de conta que não é infinitamente ridículo e perverso comparar o Caso Freeport ao Caso Dreyfus. Façamos de conta que não aconteceu nada com o professor Charrua e que não houve indagações da Polícia antes de manifestações legais de professores. Façamos de conta que é normal a sequência de entrevistas do Ministério Público e são normais e de boa prática democrática as declarações do procurador-geral da República. Façamos de conta que não há SIS. Façamos de conta que o presidente da República não chamou o PGR sobre o Freeport e quando disse que isto era assunto de Estado não queria dizer nada disso. Façamos de conta que esta democracia está a funcionar e votemos. Votemos, já que temos a valsa começada, e o nada há-de acabar-se como todas as coisas. Votemos Chaves, Mugabe, Castro, Eduardo dos Santos, Kabila ou o que quer que seja. Votemos por unanimidade porque de facto não interessa. A continuar assim, é só a fazer de conta que votamos

quarta-feira, 4 de fevereiro de 2009

O Mestre...o maior de sempre!



"Tarde te amei, ó beleza tão antiga e tão nova, tarde te amei! Eis que estavas dentro e eu fora. Estavas comigo e não eu contigo. Exalaste perfume e respirei. Agora anseio por ti. Provei-te, e tenho fome e sede. Tocaste-me e ardi por tua paz."
Santo Agostinho

domingo, 1 de fevereiro de 2009

Filósofo



"Um filósofo: é um homem que experimenta, vê, ouve, suspeita, espera e sonha constantemente coisas extraordinárias; que é atingido pelos próprios pensamentos como se eles viessem de fora, de cima e de baixo, como por uma espécie de acontecimentos e de faíscas de que só ele pode ser alvo; que é talvez, ele próprio, uma trovoada prenhe de relâmpagos novos; um homem fatal, em torno do qual sempre ribomba e rola e rebenta e se passam coisas inquietantes”



Friedrich Nietzsche

quinta-feira, 29 de janeiro de 2009

quarta-feira, 28 de janeiro de 2009

Ser?



Não tenho pressa. Pressa de quê?
Não têm pressa o sol e a lua: estão certos.Ter pressa é crer que a gente passa adiante das pernas,Ou que, dando um pulo, salta por cima da sombra.
Não, não sei ter pressa.Se estendo o braço, chego exactamente aonde o meu braço chega - Nem um centímetro mais longe.
Toco só onde toco, não aonde penso.Só me posso sentar aonde estou.E isto faz rir como todas as verdades absolutamente verdadeiras,Mas o que faz rir a valer é que nós pensamos sempre noutra coisa,E vivemos vadios da nossa realidade.E estamos sempre fora dela porque estamos aqui.


Alberto Caeiro

terça-feira, 27 de janeiro de 2009

OCDE???

Chamo a atenção para o equívoco que a Comunicação Social tem divulgado. O estudo não é da OCDE. É desenvolvido por um grupo de peritos "liderado por Peter Matthews" e segue os critérios ("metodologia e abordagem") da OCDE. E foi solicitado pelo ME, que, para abonar a credibilidade, assegura que foi elaborado por uma equipa de peritos internacionais de independentes (para quê referir expressamente "independentes"?!). E baseia-se nas informações fornecidas pelo ME. Tudo isto se lê na página derosto do ME, de que transcrevo o seguinte: "Solicitado pelo Ministério da Educação (ME), este estudo corresponde a uma avaliação intermédia, realizada durante a fase de implementação das reformas, com o objectivo de verificar se as medidas desenvolvidas estão a atingir os resultados previstos e se as estratégias adoptadas devem ser ajustadas em função da experiência. Liderada pelo professor Peter Matthews, esta avaliação seguiu a metodologia e a abordagem que a OCDE tem utilizado para avaliar as políticas educativas em muitos países-membros, ao longo dos anos, com resultados positivos".
Abílio Carvalho
Já agora, quanto é que pagaram à equipa de Peter Mattews? Eu conheço a forma de trabalhar dos peritos internacionais. Actuam em rede e juntam-se por afinidades intelectuais e políticas. Oferecem os seus serviços aos Governos e às Organizações Internacionais Globalistas, como a OCDE. Regra geral, fazem-se pagar muito bem: no mínimo 25000 euros por mês de trabalho. Se o pagamento for feito à totalidade do relatório, o montante aproxima-se dos 200 mil euros. A metodologia é a habitual: o Gabinete da Ministra tem um "oficial" de ligação que fornece aos peritos toda a informação; os peritos fazem duas ou três deslocações curtas a Portugal para entrevistarem pessoal de topo do ME e é tudo. Depois, é só escrever o Relatório. Regra geral, não há lugar para observações prolongadas nas escolas nem a entrevistas a professores, alunos e pais. Logo que consiga ter acesso à metodologia do Relatório, analisarei, em concreto, os procedimentos da equipa liderada por Peter Mattews. Aposto que não foi muito diferente da que aqui relatei.

Reparem nesta conclusão do Relatório:
"A alteração das regras de gestão das escolas, designadamente no que respeita à eleição do director, é encarada de forma positiva, na medida em que permite uma escolha baseada no mérito profissional dos candidatos." (Fonte: ME). Então, os peritos internacionais "independentes" pagos pelo Governo de José Sócrates não sabem que os actuais PCEs já têm formação especializada em gestão escolar? E que os novos directores até podem não ter a categoria de titulares? Para quem diz que a categoria de titular serve para distinguir o mérito e diferenciar os professores, há aqui qualquer coisa que não bate certo!
Imagem: foto de instalação artística de Christo, em Paris.

Publicada por Ramiro Marques em 18:22

domingo, 25 de janeiro de 2009

Eheh!

Versão portuguesa do lema de Obama:
"YES, WEEKEND"

Mário Crespo...



Avaliadora avaliada

00h00m

Porque a realidade excede os meus dotes ficcionais, esta Ficha de Avaliação
da Doutora Maria de Lurdes Rodrigues, Ministra da Educação, assenta nos
critérios seguidos pelo seu Ministério incluindo, a terminologia usada na
avaliação de docentes, o número de alíneas e a bitola de classificação.

Níveis de Pontuação: Mínimo 3, máximo 10.

A - Preparação e execução de actividades.

A - 1 Correcção científico-pedagógica e didáctica da planificação.

Classificação obtida - Nível 3

(Não efectuou as reformas previstas no Programa do Governo por falta de
trabalho preparatório. As cenas de pugilato, luta greco-romana e intimidação
por arma de fogo simulada nas áreas que lhe foram confiadas vão originar um
aumento significativo da despesa pública com a contratação à Blackwater (por
ajuste directo) de um mercenário israelita por cada sala de aula e dois nas
salas dependentes da DREN).

A - 2 Adequação de estratégias.

Classificação obtida - Nível 3

(Não definiu linhas de rumo nem planos de acção que permitissem concretizar
a missão delineada, usando como benchmarking nacional os parâmetros
seguidos no sistema educativo da Faixa de Gaza.)

A - 3 Adaptação da planificação e das estratégias.

Classificação obtida - Nível 3

(Não obteve eficácia aferível em três anos de actividade, consumindo no
processo a maior parcela de verba pública atribuída a um Ministério. Insistiu em
manter o organograma dos seus serviços (em particular da DREN) inspirado no
modelo das Tentações de Santo Antão de Jeronimus Bosh).

A - 4 Diversidade, adequação e correcção científico-pedagógica das
metodologias e recursos utilizados.



Classificação obtida - Nível 3

(A observação empírica dos resultados é indiciária de um inadequado e/ou
incorrecto aproveitamento de recursos disponibilizados em sucessivos
Orçamentos de Estado em tal monta que fazem o BPP parecer uma operação
rentável. Adicionalmente, o seu Ministério atingiu tal desordem que faz a
Assembleia Geral do Benfica parecer um retiro de monges Cartuxos).

B - Realização de actividades.

Classificação obtida - Nível 3

(A avaliação conclui que à incapacidade da avaliada na "promoção de clima
favorável" se junta a insuficiência de valências de conhecimentos gerais
essenciais, como o atesta a confusão que fez a 23 de Junho de 2005 pp. em
entrevista televisionada, falhando na distinção entre "República" e "Governo da
República". Isto deu novas dimensões ao Estatuto da Autonomia dos Açores e
inspirou o Chefe do Estado a crescentes afrontas à vontade do Parlamento
com graves e desgastantes consequências para o executivo.

Nas secções C e D da Ficha de Avaliação do Ministério da Educação, nos
quatro subgrupos, a avaliada obteve oito classificações de Nível 3, pelo que,
feita a média aritmética dos dezasseis parâmetros cotados lhe é atribuída a
classificação geral de Insuficiente. Recomenda-se que sejam propostas à
Doutora Maria de Lurdes Rodrigues as seguintes opções: integrar o quadro de
mobilidade especial até colocação em Baucau; frequentar um curso das Novas
Oportunidades e/ou filiar-se no Movimento Esperança Portugal; aceitar o 12º
lugar na lista de espera para o próximo Conselho de Administração da FLAD;
frequentar o curso de formação do INA - Limites da Autonomia Regional; ser
animadora de As Tardes de Maria de Lurdes na RTP África; integrar a quota
ainda disponível para antigos executivos socialistas na Mota Engil, Iberdrola ou
BCP.

in JN

segunda-feira, 19 de janeiro de 2009

Greve!


Para reflectir...






Era uma vez uma cobra que começou a perseguir um pirilampo. Ele fugia com medo da feroz predadora, mas a cobra não desistia. Um dia, já sem forças, o pirilampo parou e disse à cobra: - Posso fazer três perguntas?- Podes. Não costumo abrir esse precedente, mas já que te vou comer, podes perguntar. - Pertenço à tua cadeia alimentar? - Não. - Fiz-te alguma coisa?- Não.- Então porque é que me queres comer? - PORQUE NÃO SUPORTO VER-TE BRILHAR!!!E é assim.... Diariamente, tropeçamos em cobras!

sexta-feira, 16 de janeiro de 2009

quarta-feira, 7 de janeiro de 2009

segunda-feira, 5 de janeiro de 2009

RAP...




Circunspecção de mau gosto


Julgo que a opinião da directora da DREN, Margarida Moreira, segundo a qual a ameaça a uma professora com uma arma de plástico foi uma brincadeira de mau gosto, é uma brincadeira de mau gosto. Mais uma vez se prova que a crítica de cinema é extremamente subjectiva. Eu também vi o filme no YouTube e não dei pela brincadeira de mau gosto. Vi dois ou três encapuzados rodearem uma professora e, enquanto um ergue os punhos e saltita junto dela, imitando um pugilista em combate, outro aponta-lhe uma arma e pergunta: «E agora, vai dar-me positiva ou não?» Na qualidade de apreciador de brincadeiras de mau gosto, fiquei bastante desapontado por não ter detectado esta antes da ajuda de Margarida Moreira.
Vejo-me então forçado a dizer, em defesa das brincadeiras de mau gosto, que, no meu entendimento, as brincadeiras de mau gosto têm duas características encantadoras: primeiro, são brincadeiras; segundo, são de mau gosto. Brincar é saudável, e o mau gosto tem sido muito subvalorizado. No entanto, aquilo que o filme captado na escola do Cerco mostra aproxima-se mais do crime do que da brincadeira. E os crimes, pensava eu, não são de bom-gosto nem de mau gosto. Para mim, estavam um pouco para além disso – o que é, aliás, uma das características encantadoras dos crimes. Se, como diz Margarida Moreira, o que se vê no vídeo se enquadra no âmbito da brincadeira de mau gosto, creio que acaba de se abrir todo um novo domínio de actividade para milhares de brincalhões que, até hoje, estavam convencidos, tal como eu, que o resultado de uma brincadeira é ligeiramente diferente do efeito que puxar de uma arma, mesmo falsa, no Bairro do Cerco, produz.
O mais interessante é que Margarida Moreira, a mesma que agora vê uma brincadeira de mau gosto no que mais parece ser um delito, é a mesma que viu um delito no que mais parecia ser uma brincadeira de mau gosto. Trata-se da mesma directora que suspendeu o professor Fernando Charrua por, numa conversa privada, ele ter feito um comentário desagradável, ou até insultuoso, sobre o primeiro-ministro. Ora, eu não me dou com ninguém que tenha apontado uma arma de plástico a um professor, mas quase toda a gente que conheço já fez comentários desagradáveis, ou até insultuosos, sobre o primeiro-ministro. Se os primeiros são os brincalhões e os segundos os delinquentes, está claro que preciso de arranjar urgentemente novos amigos.